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sexta-feira, 12 de maio de 2023

Coisas da vida - Bullying !

Estava eu confabulando com o elástico da minha cueca e pensando sobre o tal do bullying, bullying no "pai dos burros" como é conhecido, é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidas, praticados por um indivíduo (bully - «tiranete» ou «valentão») ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.

Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma.
Interessante é que essas coisas sempre existiram por aqui e só tiveram um destaque nos meios de comunicação depois que serem "americanizadas" como diziam antigamente.
Esse tipo de comportamento antes era chamado de "sacanear", tirar uma onda, gozar da pessoa e nunca deram destaque, depois que o termo veio de "fora" como bullying, pronto ai a coisa pegou.
Lá fora a coisa esta uma merda e esse negócio de tudo que é de "gringo" é bom, acabou, os tempos agora são outros.
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Eu quando jovem sofri isso, tinha um cara na minha sala de aula metido a valentão que todo dia "tirava uma onda" com a minha cara, eu era fraquinho e feinho, hoje estou um pouco melhor, mas naquela época o cara tirava uma onda com a minha cara na frente de todo mundo, colocando apelidos só para fazer uma média com as menininhas.
E eu era o alvo principal, eu tinha medo dele, ele tinha o apelido de cabeção, a cabeça dele parecia uma caixa de sapatos, ele era o mais alto da turma, tinha o corpo quadrado e a bunda caída, parecia um coador de café com pouco pó e usava do seu porte físico para intimidar, se impor como o "bom do pedaço".


Todo mundo tinha medo dele e ele fazia o que queria, e isso se estendeu por meses, todo dia na escola, a qualquer hora vinha ele, apelidos, brincadeiras de mal gosto e eu como tinha medo "ficava na minha", até que um dia decidi resolver isso, dar um basta, chega daquilo tudo.

Tinha um amigo meu o Jonas, ele era respeitado e ninguém mexia com ele porque ele era bom de briga, combinei com ele, na saída da escola que eu iria prá cima do cabeção para acabar com essa folga, se eu estivesse apanhando era pra ele separar a briga, não ia ficar tão ruim para o meu lado, e assim foi combinado.
Naquele dia, do lado de fora da escola, deixei meu material na mão do Jonas e falei para ele ficar esperto, fiquei atrás do portão a espera do cabeção, eu já não aguentava tanta sacanagem dele comigo e aquele era o momento de resolver tudo.
Fiquei na espreita, assim que ele colocou a cara fora do portão eu mandei ver uma porrada bem na fuça dele, que ele até hoje não sabe o que o atingiu, dai parti prá cima dele e sentei a mão nele de tudo quanto é jeito e ele não teve a menor reação, chamaríamos ele hoje de um bundão, ou bunda mole.
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Eu fui batendo nele e era a hora da saída das aulas, fui batendo e empurrando ele pra dentro da escola só prá todo mundo ver, ele precisava passar por aquilo, só assim aprenderia a lição, triste fim de um cara folgado e metido a valentão, no final dei um "bico" na mala dele jogando ela dentro de uma vala que tinha na escola, e ai parei, já estava aliviado, fiquei com um pouco de dó do estrago que fiz nele, mas ele mereceu, foram semanas que aguentei tudo aquilo.

Eu estava realizado, o cara enfiou o rabo entre as pernas e sumiu de vista, meu respeito perante meus amigos adquiri de novo, todos vinham em minha direção me dar parabéns por acabar com aquilo, talvez não tenha sido o caminho mais correto, mas eu estava em meus limites, naquela ápoca não havia o politicamente correto, certos assuntos não eram colocados prá debates ou discussões, a sociedade da época não tinha essas preocupações, aquela atitude foi a saída que consegui para me livrar daquilo, no momento foi o melhor que eu havia encontrado.
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O cabeção não apareceu por uns dois dias e quando surgiu ainda com as marcas da surra que tomou, estava "pianinho", na dele, a partir dali ele nunca mais pegou ninguém "para cristo" como dizem por ai.
As coisas hoje em dia são resolvidas de formas diferentes, mas naquele momento para voltar a adquirir o respeito próprio achei que essa seria a melhor saída e funcionou e por incrível que parece eu e o cabeção nos tornamos grandes amigos.
Tempos depois vim a saber que ele vinha de uma família meia complicada, que o pai dele havia abandonado a família para viver com outro homem, se uma mulher separada naquele tempo era mal vista pela sociedade, marido traindo mulher podia e vice-versa, mas estando juntos tudo bem, mantinham a aparência.
A sociedade naquela época era mais hipócrita que hoje, imagina você o que uma atitude dessas, do pai dele, o estrago que fez, o trauma que causou na família toda e o preconceito que todos sofreram.
→ Imagines curtos descritos de forma leitor (feminino) x personag ...
Se é complicado se lidar com isso hoje em dia, imagine como era complicado lidar com isso no fim dos anos 70, período de repressão política, em um período que a moda era o homem "macho", o tinha que beber e fumar prá provar que era "homem",  o "comedor",  o "garanhão", o fodão.
Модные мужские прически 70-х годов прошлого века" — card of the ...
Hoje se a gente ouve falar em psicólogos, tratamentos específicos para se lidar com pessoas que passam por traumas emocionais, mas lá atrás não havia nada disso, principalmente em se tratando de gente pobre.
Por fim analisando tudo isso, chegamos a conclusão que a coisa começa a "entortar" lá atrás, dentro de uma coisa chamada falta de estrutura familiar, famílias e filhos problemáticos, no fim quem acaba pagando somos todos nós, a sociedade que tem que conviver com esses seres desequilibrados.

Como diz o meu amigo filósofo da zona leste aqui de São Paulo, capital, o João :

- O bagúio é loco e o processo é lento!



Antes de ir quero deixar esta prá vocês pensarem :

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