Coisas da Vida - Nasce uma "Estrela" !

Eu estava vendo televisão e me deparei com a chamada de um desses programas de tv que descobrem novos talentos, novos ídolos, o que mais me surpreendeu é que milhares de pessoas em todo o Brasil e no mundo, se inscrevem nesses programas acreditando na possibilidade de se transformar em um star.

De diversas versões anteriores destes programas, os vencedores nesse nosso caso os supostos ídolos brasileiros, você saberia me dizer aonde foram parar? 

Gozando da posição de vencedores, você poderia me dizer o que estão fazendo atualmente?

Com certeza não, pelo simples fato de que estes “astros” já nascem mortos, o fato é que quem se inscreve e participa desse tipo de programa de “calouros” de luxo, finge não ver o que é fato, isso não vai dar em nada e o vencedor não ira chegar a lugar algum, vai ganhar uma boa grana, no máximo gravar um , dois cds e depois zap... vai desaparecer.

Quem realmente são as estrelas do programa são os apresentadores que gostam muito de aparecer com suas “criticas”, se posicionando acima do bem e do mal, nomeados pelo senhor do saber musical e artístico e que se achando os donos da verdade, decidem o destinos dos meros mortais a seus pés.

Como se sabe, culturalmente o Brasil nunca preservou pela memória de seus ídolos e nem tem tradição nisso, mesmo os grandes artistas em suas diversas áreas nunca tiveram suas memórias cultuadas, só pouquíssimos conseguem esse feito, isso porque depois de desaparecidos por morte ou depois de saírem da moda, em questão de pouco tempo caem no esquecimento.

As poucas gravadoras que ainda hoje resistem, aplicam pouco em seus artistas, o artista tem que ser muito popular e vender muitos cds, o negócio não é ter qualidade, estão pouco se lixando prá isso, o negocio é vender muitos cds para merecer uma certa atenção.O novo artista da era informatizada, monta um estúdio, grava o que quer e só se preocupa em contratar uma boa empresa para que possa distribuir os seus cds, também tem que contar com bons profissionais especializados em redes sociais, para divulgar e "vender" ali suas musicas,  o bom nisso é que o próprio artista pode dar preço aos seus produtos e ficar com a fatia maior desse 'bolo'.

Essa nova geração de artistas, estão mais preocupados em melhorar a qualidade das suas apresentações , som, iluminação, visual de palco, porque sabem que a maior parte de seu faturamento passa a sair dos shows.

Com um computador, um bom programa e facilidade de manuseio, qualquer pessoa tem um estúdio em casa, você pode comprar musica direto da fonte e escolher o que quer comprar sem obrigatoriedade de levar quantidade, você paga pelo que quer ouvir, sem o custo absurdo que é cobrado por um cd que é vendido por ai.

Como pode ver, estamos entrando em novos tempos e é bom que estas gravadoras que ainda restam no mercado “abram seus olhos” para o que esta vindo por ai, se não é que já sabem, e para vocês concorrentes a “novos astros, novos ídolos” do Brasil, acho melhor procurar algum outro caminho. 

Que tal começar como a grande maioria dos grandes artistas, pequenos shows, divulgação nas redes, ralando mesmo, ralando e aprendendo, porque esse negócio de astro relâmpago você já sabe no que vai dar ou ainda tem duvidas?

Liguei pro João pra saber a opinião dele sobre esse assunto e o papo correu assim :

- Fala João, tudo bem?

Tudo Dió, e ai?

- Aqui beleza, João liguei pra você pra saber a sua opinião a respeito dessa coisa de programa de calouro de luxo, desses programas que descobrem astros e estrelas instantâneos.

Dió vou ser curto e grosso, a única coisa instantânea que eu gosto é desse macarrão japonês que fica prontos em três minutos e cerveja gelada, que é só abrir e degustar.

 

Esse papo de star, estrelas e o caramba que surgem de repente, com certeza farão com a mesma rapidez o caminho de volta.
Antes de sair, vou deixar essa prá você pensar :

Coisas da vida - "Nóis" fala inglês!

Eu estava fuçando no meu baú de tralhas e encontrei alguns lps antigos jogados lá, um deles me chamou a atenção, na capa estava Mark Davis, ou Fábio Junior, isso me trouxe a lembrança do fim do anos 70, começo dos anos 80 aonde a maioria dos cantores nacionais cantavam em inglês para ter espaço na mídia.

Das musicas tocadas em radio, 90% eram cantadas em inglês, dá uma olhada no visual, banda brasileira Pholhas que cantava em inglês, surgiu nos anos 70, se as bandas e cantores não cantassem em inglês, não eram tocadas nas rádios nem faziam shows, eram rejeitadas pelo povo "americano" e "inglês" que residiam no Brasil naquela época.

Eu estava observando o nome dos produtos vendidos por ai e cheguei a conclusão que se o nome estiver em inglês, a aceitação é melhor e o “povo” consome sem pensar, imagine um produto em uma bela embalagem e com o nome em inglês :
Coma “eat shit”, sabor sem igual, para toda a família!
Ou seja :

Coma “merda”, sabor sem igual, para toda a família!

O som das palavras em inglês soa bem aos ouvidos, mas engana, desenvolvem todo tipo de produto e desses 95% vem com o nome americanizado, é mais fácil de se vender.
Você já entrou em uma loja de produtos de beleza? Homens entram pouco, mas vocês mulheres entram umas três vezes por semana, estão sempre a caça de novidades, e nessas andanças com certeza já leu: “hair, blond, face, cuts, silver, wave” e por ai vai.

O desfile de nomes na língua inglesa contaminou tudo, até a área de alimentação, vestuários e hoje ela corrói principalmente a linguagem de trabalho e do mundo dos negócios, fica mais "pomposo".
Você só é “top” se fizer um “feedback” ou um super executivo se for “good in business”, isso não parece linguagem usada nesses realitys que oferecem como prêmios, empregos?
Essa moda de se espelhar no grande império americano vem desde o pós II guerra mundial, copiávamos o comportamento, modo de se vestir, músicas, alimentação etc, tudo embalado no“American way life”(estilo de vida americano).

Lançava-se revistas que não tinham nada a haver com a nossa realidade aqui, era a típica revista americana, o único trabalho era de traduzir a dita cuja e jogar no mercado, o conteúdo não tinha nada a haver com a gente aqui, e viva o Império.
Desde o inicio dos anos oitenta, esse comportamento vem mudando, se continuasse no ritmo que estava nos anos setenta, a língua nacional seria o inglês, quanto aos cantores brasileiros, eles eram obrigados a cantar em inglês, pois só assim se conseguia vender discos aqui no mercado interno.
Um dos exemplos é o do cantor Fabio Jr, que antes da fama cantou muito em inglês, assim como tantos outros.

Das musicas que estavam nas paradas de sucesso, das dez mais, seis eram em inglês (alguns brasileiros cantando em inglês, caso do Fabio Junior), outros sucessos de lá, poucas musicas cantadas em italiano,  que também faziam sucesso na época, eventualmente uma ou outra musica cantada na lingua "mãe".
Muita coisa mudou desde então e vem melhorando, mas a mania de se colocar nomes em inglês nas coisas, perdura até hoje.

Um exemplo é o stand-up, que virou "modinha",  grande parte deste sucesso deve-se por utilizar como  "rótulo" o nome do produto em inglês, esse tipo de apresentação Chico Anísio, Jô Soares, Zé de Vasconcelos e tantos outros faziam nos anos 60, e isso existe nos EUA desde o período da TV preto e branco (lá). Inclusive tenho um vídeo que você poderá ver aqui pelo meu blog no canal vídeos, na barra superior, ali falo sobre esse "fenômeno", a verdade sobre o stand-up no Brasil.

  

Faça você uma visita a uma loja de produtos de beleza, aos supermercados, a lojas de eletrodomésticos etc, se o nome não esta em inglês, o sobrenome com certeza esta.
Observe a linguagem usada e veja como os “businesses” e “feedbacks” dão um ar imponente, superior e diferenciado as conversas, e até que fica "bonitinho", mas não tem muito haver com as coisas aqui do povo tupiniquim.

Falar em “negócios” ou fazer uma “avaliação” não é coisa para só para inglês, The busines world will not be the same without these terms, ou seja , o mundo dos negócios não seria o mesmo sem os famosos “refrões”.
Liguei pro João, prá saber a opinião a respeito disso tudo, ele foi curto e grosso e em alto e bom tom disse :

Mas...pensando bem, sem um inglesinho misturado a coisa não vai, antes de ir quero deixar esta prá você pensar :

Coisas da Vida - Causas da violência infantil !

Eu estava fuçando em uma gaveta de tralhas, quando encontrei um boneco que era de meu filho, um boneco desses dos anos 80, ele olhou pra mim e disse :

- A anos que estou largado aqui, as crianças de hoje não brincam mais com bonecos, o negócio deles são os vídeo games, jogos virtuais, tablets, celulares etc... e eu como fico?

É, você tem toda razão, os tempos são outros, agora você fica ai mesmo que eu vou jogar uns games, depois vou até o pc para escrever um pouco e se sobrar tempo volto aqui.

Pensando sobre essas coisas de crianças, eu me lembrei de um acontecimento curioso, outro dia eu estava andando de metrô aqui em sampa, e em uma certa estação entrou no vagão, a mãe, o pai e acredito que seja uma cunhada e um fedelho.

Brincadeira vai e brincadeira vem, e eu só de olho, e a mãe começou a cantar uma musiquinha assim :
Palminha...palminha de São Tomé, para quando o papai vier...

São Tomé,  Tomé era um dos doze apóstolos, aquele que queria ver para crer, e de onde ela tirou a idéia, que Tomé apóstolo batia palminhas para esperar o papai chegar?

E ai comecei ligar os fatos a coisa e me deu um estalo, um estampido, um trovão de esclarecimento a respeito do que causa a violência infantil, e por consequência adultos desajustados, cheguei a seguinte conclusão, são as essas musiquinhas infantis as causadoras de tais distúrbios de comportamento nas crianças. 

Vamos raciocinar, você já ouviu esta?
Atirei o pau no gato...to...to...mas o gato...to...to...não morreu...rreu...rreu...Dona Chica...ca...ca... admirou-se...se do "berro"...do "berro" que o gato deu..MIAUUUU...
Já reparou na letra, isso é musica que se cante para uma criança? 
Atirou um pedaço de pau em um gato e ele não morreu?

E ai procurando na distante memória da infância me lembrei de outra pérola :
Cai...cai...balão...aqui na minha mão...não vou lá...não vou lá...não vou lá...tenho medo de apanhar...

Prá começar, soltar balão é proibido e pode causar incêndios, porra tem tanta coisa melhor prá fazer do que soltar balão, que tal ouvir musicas, dançar, beber, soltar balões e se você for atrás dele pode ainda apanhar .

E conhece a do sapo? 
O sapo não lava o pé, não lava porque não quer, mas que chulé...

Que coisa mais absurda, o infeliz já fica o tempo todo dentro da água prá que ele teria que lavar o pé? Sapo com chulé? Chulé tem o seu marido, seu irmão, seu pai,  cantar isso prá uma criança, coitado do sapo.

E aquela assim : Dorme nenê...dorme nenê...que a cuca vem pegar! A cuca é uma

"jacaroa" de peruca, com roupas coloridas, afinal, que porra de cuca é esta citada na musica?

Ouvindo essas "canções"  a criança vai crescer traumatizada com medo da cuca, com certeza ela vai ter problemas psicológicos,  se tiver que ler os livros de Monteiro Lobato e der de cara com a cuca, você consegue imaginar essa criança quando adulta no que poderia se transformar?

A gente sempre se depara com algum engraçadinho inventando alguma coisa prá assustar as crianças, já ouviu falar no tal homem do saco?

Isso só pode causar desvios de comportamento em nossas crianças, esta na hora disso mudar, se fazer musicas de infantis de qualidade para as crianças, que tal as tais dancinhas  da moda ? Acho melhor não!

Não podemos nos esquecer do  famigerado funk,  não o original que é o americano, estou falando desse outro, o "criado" aqui, só "musica" de "qualidade".

como diz meu amigo João, aquele... :

- Vou abrir outra que o "O bagúio é loco!"

Antes de ir quero deixar essa prá você pensar :