Eu estava vendo um álbum com fotos antigas, quando uma delas me chamou a atenção :
- Ei, psiuuu...Dió, se lembra de mim?
É realmente eu me lembrei, eram fotos de quando eu era criança e já faz tempo isso!
Ela olhou e disse :
- Faz tempo que você não dá uma chegada aqui, já estava sentindo sua falta, vê se de vez em quando você aparece aqui para desfolhar o álbum e relembrar da infância tá!
Tá bom, eu apareço, não se preocupe!
Saindo dali decidi dar uma chegada ao meu pc para escrever sobre o assunto, sabe que esta semana mesmo eu estava caminhando pelas ruas e ventava muito forte, e ai pensei :
Morreu um padre!
Você deve pensar, de onde esse cara tirou isso? Que coisa mais absurda, quem disse que quando venta forte é porque morreu um padre?
Essas merdas eu ouvia falar quando era criança e nunca mais esqueci, tem mais, quando eu era criança os velórios aqui em São Paulo, capital, eram feitos em casa, isso era algo um tanto desagradável. Alguém da família morre, você encomenda o caixão e os acessórios e velório era na casa do falecido (a).
A coisa ficava pior após o fim do velório e o corpo enterrado, ai na casa literalmente “ficava um clima de velório”, o cheiro das velas do “velório” misturado ao cheiro de flores que enfeitavam o caixão ficavam pela casa toda durante semanas era algo deprimente, ainda mais juntando a tudo isso o clima de tristeza e abatimento pela perda de um ente querido.
Com o passar do tempo, as coisas se modernizaram e criaram locais de velório, que hoje em dia, geralmente ficam ao lado de cemitérios, crematórios, o mais bizarro dessas histórias é que quando realizavam esses velórios nas casas, não sei porque, não me pergunte, alguém da família cobria todos os espelhos da casa com um pano, porque será?
Assinale uma das alternativas:
A) Será que a imagem do falecido (a) poderia ser refletida no espelho? ( )
B) Será que ninguém cuidava da beleza em dia de velório? ( )
C) Na casa só morava gente feia e ninguém se olhava em espelho? ( )
D) NDA ( )
É interessante analisar esse tipo de comportamento, não sei se era superstição, costume, as vezes nos deparamos com coisas que se não fossem contadas e passadas de gerações para gerações não acreditaríamos que pudessem ter existido.
- Santa Bárbara! Me proteja!
Quando você ouve o estrondo de um trovão é por que o raio já caiu, o mais perigoso em tudo é o raio, a porra do barulho vem depois, para os antigos faltavam um pouco mais de informação e no fim quem pagava o pato era Santa Barbara.
No meu tempo de criança acreditávamos em cada idiotice que é de deixar qualquer asno vermelho de vergonha, nos fim dos anos 70 e inicio dos anos 80 não se tinha a preocupação com preservação da natureza, ecologia, segurança, essas coisas de politicamento correto, soltavam muitos balões, isso era em período de festas juninas, copa do mundo, fim de campeonatos de futebol etc, e os mais velhos para sacanear as crianças diziam :
Você pega um espelho e tenta ver nele o reflexo da tocha do balão, e fica apontando para ele que isso atrai o balão para você. Agora imagina um bando de crianças ouvindo isso, resultado, um bando de idiotas com espelho na mão caçando balões e o pior que todos acreditavam que isso era verdade.
Se eu for buscar pela memória vai surgir tanta merda que você vai sentir o cheiro ai, vai me dizer que você quando criança não foi enganado por algum idiota que inventava coisas imbecis só para tirar uma onda com a sua cara? Força a memória que alguma coisa vai encontrar!
Precisava da opinião de um amigo, liguei pro João, aquele meu camarada!
- E ai João tudo bem? Saber que é, estou escrevendo a respeito de memórias da infância essas coisas, você tem lembranças da sua infância?
Dió, ic...ic...me liga depois, tomei todas ic...ic....ic... e no momento ic... não me lembro nem aonde eu moro....ic...!
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