Início

sobre

Contato

quinta-feira, 21 de março de 2019

Coisas da Vida - O "Chiclete"!

Eu já estava a um bom tempo mascando um "chiclete", ele já estava sem sabor, quando fui jogar ele fora, assustado ele disse:

Ei Dió, porque não faz como faz o irmão do Ditão, me joga no chão e ai eu grudo, o visual vai ficar legal?

Se liga "chiclete", isso é porquice, você vai é para o lixo.
Depois de jogar o "chiclete" no lixo, decidi escrever um pouco, o chiclete me trouxe a lembrança de um antigo amigo, a muitos anos que não tenho mais noticias.
Ditão era um cara comum até certo ponto, era um desses caras que a gente conhece por ai nas andanças, ele era do tipo, encosta entra com um assunto qualquer e não para mais de falar.
A família do cara era diferente, um tanto bizarra, no fundo não sei bem se era diferente ou parecida com muitas famílias que existem por ai.
O pai seu Pedro, era um senhor de uns setenta anos, cabelos brancos e com um vasto e seboso bigode, ele era aposentado e para ganhar um extra, trabalhava na feira vendendo lps e aparelhos de som tipo 3 x 1, tape-decks, aqueles que reproduzem e gravam as antigas fitas k7, vendia também vídeos e fitas de vídeo, coisas fora de linha e tralhas era com ele mesmo.
Qualquer duvida a respeito de lps, cantores "bregas", era só falar com ele, o homem conhecia tudo, ele tinha uma barraca "pirata" na feira, assim ele ganhava uns trocados que somado a pequena aposentadoria que recebia, ia se virando.
Imagem relacionada
A mãe Dona Justina, uma senhora de uns sessenta e cinco anos e ”do lar”, fazia bicos para ajudar no orçamento domestico, pequenas costuras, fazia bolo para festas, as vezes lavava roupas "para fora", com ela não tinha tempo ruim, prá ajudar a família tudo era bem vindo.
Ela era a rainha das novelas, na hora das novelas da cinco, das seis, das sete, das oito, das nove era sagrado para ela, no sofá aonde ela ficava sentada vendo tv tinha o formado da bunda dela estampado.
Na hora das suas novelas que eram todas, a casa ficava em silencio mortal só para não ter problema dela ficar irritada com o barulho,  quando algo incomodava, ela dizia sempre a mesma frase :

-“Cês” quer calar a boca pra eu ver a minha novela !

Geralmente usava vestidos largos e coloridos no dia a dia, do tipo capa de maquina de lavar roupa.
O irmão do Ditão era conhecido como “chiclete”, ele tinha por volta de vinte e oito anos, tinha esse apelido porque ficava o dia todo mascando gomas, parecendo um animal ruminante.
Resultado de imagem para  chiclete gif animado
Por onde ele passava, deixava ali um “chiclete”, o pior é que quando ele achava que tinha que trocar de goma de mascar, ou ele grudava ela em algum canto ou ele descartava ela aonde estivesse, na rua, no bar, no supermercado etc.
O quintal da casa dele era repleto de gomas de mascar, muitas ainda grudavam, mas a grande maioria estava ressecada, formando uma espécie de desenho abstrato, o “chiclete”, como pode perceber, era um cara porco pra cacete.

A sua irmã Cristina, tinha um pouco mais de trinta anos, digamos que ela é uma pessoa um tanto “dada”, estava sempre " desfilando"com suas roupas justas, com suas micro saias, e suas camisetinhas curtinhas e agarradinhas ao corpo, essa era a tal "periguete".


A sua fama corria pelo bairro, diziam que ela conhecia todas as “quebradas” do bairro, com ela escreveu não leu, o "pau comeu”, comeu quem? Adivinha?
Ela parecia mecânico de folga, não pode ouvir o ronco de um motor de carro que logo olhava procurando de onde vinha, conhecia os carros e seus respectivos proprietários só pelo ronco do motor.
Ela andava pelas ruas como se tivesse um uma passarela, por onde passava ouvia gracinhas, sempre respondia a essas gracinhas com um sorriso e um olhar daqueles como que dizendo :

- Vem cavalo!

Na rua ela só andava acompanhada de "cuecas", dificilmente conseguia andar mais de 50 m sem que aparecesse um homem, parecia que ela tinha um imã de cuecas.
O Claudionor ficava puto da vida quando alguém dizia a ele que a irmã dele era jeitosinha, bonitinha, queria ver ele se transformar em uma fera, era só chamar ele de “cunhado”, ai o bicho pegava, ele ficava doidão e queria partir prá briga, no fundo, no fundo, ele gostava.

Liguei pro João, prá saber se ele conhecia a Cristina Fischer :

Grande João, tudo bem por ai?

- Fala Dió, beleza, que mandas meu camarada?

João, eu estou escrevendo sobre o Claudionor se lembra dele? Então, se lembra da irmã dele a Cristina ( furacão), se lembra como ela era "dada"?

- Cara nem me lembra disso, aquela filha da #4@&&85, aquela !#$$4j#**5%, me passou uma gonorréia que quase perdi o meu precioso pinto...porra cara, você me liga prá me lembrar disso?

Pô João, relaxa, eu não sabia disso !

- Tu...Tu...Tu...

Ele desligou!

Que mancada deu com o João, mas, antes de partir quero deixar esta prá você pensar :


Resultado de imagem para frases engraçadas