- Puck...puck...puck...
Era um saco, uma tortura chinesa, aquele barulho incessante, até que não deu mais para aguentar e eu disse a ela :
- Ei, goteira, porque você não para com isso, porra já esta enchendo o saco!
E ela respondeu :
- Como posso parar Dió, se a chuva não para de cair, é todo dia e toda hora, só vou parar de pingar se a chuva parar ou você consertar esse buraquinho no telhado.
-Você sabe que se chover, eu apareço, e porque não arruma logo o telhado, você vai deixando prá depois, sempre dando uma desculpa, e quando a chuva vem, eu chego junto.
Tá bom goteira, você tem razão, agora deixa eu ir escrever um pouco, prá não ficar mais irritado com a sua presença.
Fiquei pensando no que a goteira havia dito, e sabe que ela tinha razão, as soluções de coisas importantes são sempre deixadas de lado, prá depois, como dizem, vai se empurrando com a barriga.
Um exemplo disso são as enchentes aqui em São Paulo, capital, assim como em todos os lugares neste imenso país, todo ano é a mesma coisa, isso vem acontecendo a décadas, todos sabem os locais que serão inundados, os morros que irão desabar, e nada se faz para resolver estes problemas.
Os políticos tem o ano todo para se preocupar em amenizar os problemas que as enchentes irão causar, mas a unica preocupação que eles tem é dar desculpas com frases feitas, textos decorados e repetitivos.
Eu estava ouvindo uma radio aqui de São Paulo, aonde em um programa jornalístico, foi colocado no "ar" um áudio de uma entrevistas de políticos, que davam desculpas referente as enchentes sofridas, entrevistas estas, feitas no ano passado neste mesmo período, período das chuvas.
Nos meios de comunicação, fazem pesquisas em relação a acontecimentos em anos anteriores, os discursos são sempre os mesmos com as mesmas desculpas.
Estando no mês das chuvas, eles queriam que acontecesse o que, é obvio que iria chover, todo mundo sabe disso,nesta época do ano é período de chuvas.
Uma outra desculpa decorada é a de estar fazendo estudos, estar fazendo analise das regiões mais criticas, para que afinal, para que essa perda de tempo se nada disso é posto em pratica.
Era um saco, uma tortura chinesa, aquele barulho incessante, até que não deu mais para aguentar e eu disse a ela :
- Ei, goteira, porque você não para com isso, porra já esta enchendo o saco!
E ela respondeu :
- Como posso parar Dió, se a chuva não para de cair, é todo dia e toda hora, só vou parar de pingar se a chuva parar ou você consertar esse buraquinho no telhado.
-Você sabe que se chover, eu apareço, e porque não arruma logo o telhado, você vai deixando prá depois, sempre dando uma desculpa, e quando a chuva vem, eu chego junto.
Fiquei pensando no que a goteira havia dito, e sabe que ela tinha razão, as soluções de coisas importantes são sempre deixadas de lado, prá depois, como dizem, vai se empurrando com a barriga.
Eu estava ouvindo uma radio aqui de São Paulo, aonde em um programa jornalístico, foi colocado no "ar" um áudio de uma entrevistas de políticos, que davam desculpas referente as enchentes sofridas, entrevistas estas, feitas no ano passado neste mesmo período, período das chuvas.
Uma outra desculpa decorada é a de estar fazendo estudos, estar fazendo analise das regiões mais criticas, para que afinal, para que essa perda de tempo se nada disso é posto em pratica.
E o nossos governantes o que andam fazendo, o governo federal libera as verbas, libera milhões para o combate as enchentes, além de não acompanhar a distribuição dessas verbas não cobra resultados e ai todo ano enche do mesmo jeito e nos mesmos lugares.
Tudo igual, tudo igual, todo verão é assim, todos nós sabemos aonde vai inundar, aonde estão os morros que irão deslizar, porque eles não?
Todo ano os mesmos discursos decorados, porque nada fizeram, sabendo que isso iria acontecer, o resultado é um triste saldo de desabrigados e mortos.
Prá quem vive o dia a dia da cidade, sabe que temos milhares de árvores, muitas delas imensas, elas amenizam a paisagem cinza, traz frescor nessas épocas de calor, embelezam a cidade, mas, muitas delas já estão velhas, com cupins. algumas tortas pendendo em direção as ruas, outras frágeis em perigo de queda, e quando você fica preocupado em que uma delas possa cair em cima de sua, na sua rua ou em cima de sua cabeça, você vai e solicita uma averiguação dos órgãos competentes, ai a coisa pega, é tudo muito lento, demorado, é mais fácil ela cair do que aparecer alguém para fiscalizar.
O inverso do que acontece por aqui, acontece no nordeste, que em algumas regiões sofre pelas secas, que sofre com as estiagens, acontece estiagens até na região sul do país, todo mundo sabe que esse período vai chegar, mas ninguém se preocupa em resolver essas questões, ai quando começa a morrer gente de fome e sede e isso começa a repercutir "lá fora", e para não pegar mal, as "autoridades", mandam umas cestas básicas, alguns caminhões de água e um ano depois tudo se repete.
O que acontece aqui é a indústria das enchentes e da seca, assim se recebe verbas federais, estaduais para se fazer alguma coisa, e nada é feito, é feito sim, se faz um serviço meia boca, e parte das verbas que deveriam chegar, se perdem no meio do caminho, afinal, para onde foram estas verbas?
Aqui tudo é feito de qualquer jeito, nas coxas, e no fim a coisa se repete ano após ano, eu estava puto com a situação e precisava de uma segunda opinião, ai liguei pro João, o telefone toca e toca e ele demora para atender, mas atendeu :
- Fala Dió, fala logo que a coisa aqui tá feia.
Que esta acontecendo João?
- Cara choveu muito aqui perto e inundou tudo, tô tentando ajudar umas famílias que ficaram ilhadas aqui perto.
Tá João, segue firme ai, depois a gente se fala!
É...como pode se ver, a coisa se repete e se repete...
Antes de ir quero deixar esta para você pensar :
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