Início

sobre

Contato

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Coisas da Vida - Para morrer basta estar vivo !


Eu estava fuçando em uma gaveta quando uma foto antiga caiu, nela estava gravado a imagem de meu tio que já "partiu" para o andar de cima, "bateu as botas" a muito tempo, ele olhou prá mim e disse :

- Sabe Dió, seja feliz, sorria, ame, divirta-se por que no fim do filme a gente morre! 

Depois disso me despedi dele e guardei a foto na gaveta, fiquei ali por algum tempo pensando no que ele havia me dito e decidi escrever um pouco.

É interessante como as pessoas tem um certo receio de falar sobre a morte, isso deveria ser uma coisa natural, se desde a infância os pais fossem preparando as crianças para conviver com ela, e tratando do assunto de uma forma natural, com certeza ou nem tanto, as perdas seriam tratadas de uma outra forma.
Sei que toda perda tem suas consequências, boas ou más, as más é a saudade que quem partiu vai deixar, as boas, é que se for a morte de um parente rico, mão de vaca, prepotente, sem os herdeiros diretos, e que se por um acaso o beneficiário mais próximos da herança for você, ai sim a festa esta garantida, e só pra sacanear, a festa vai ser na casa do recém falecido.
O mais gostoso em tudo isso, é que herança recebida assim, da gosto de gastar, é de deixar o falecido se revirando na cova.
A gente acompanha nos noticiários, a morte prematura de "celebridades", de gente "famosa", a de pessoas que a gente acreditava ser "imortal".
Essas noticias vem em doses homeopáticas, hora um, hora outro bate a as botas, vai pro limbo, e isso faz com que tenhamos alguns segundos de reflexão sobre o assunto, mas isso passa e tudo volta a ser como antes.
Eu tinha um primo "hoje ele vive no andar de cima", esse primo tinha medo, pavor de ver defuntos em velórios, quando a minha avó morreu, isso a décadas atrás, ele veio ao velório, mas, não entrou pra ver, morria de medo.
Como a vida é estranha, após alguns anos foi a vez dele, vitima de um ataque cardíaco fulminante, ele se transformou em um "defunto" do tipo daqueles que ele tinha medo de ver, é estranho ter medo de algo em que nos iremos nos transformar no futuro.
Estaremos ali do mesmo jeito, será que não é chegada a hora de se encarar isso com respeito sim, e com um pouco mais de naturalidade?
Liguei pro João pra saber a opinião dele a respeito deste assunto sobre a morte e tabus criados em cima disso, ele havia saído, mas deixou um recado em sua secretaria eletrônica:

- Fui em um velório, após o sinal, deixe o seu recado, o mais rápido possível eu retorno, não sou muito chegado a velórios!

Nenhum comentário: